FURIA – PERFIS IEM RIO MAJOR

Os favoritos dos Brasileiros vão para IEM Rio com muito a provar aos fãs. .

FURIA é a história de sucesso que define a nova era do Counter-Strike brasileiro. Eles foram o time de novatos que sucederam os times dominantes no passado como Luminosity e SK para se tornarem a melhor equipe sul-americana. Assim montaram um time composto por talentos totalmente novos que entraram em cena após uma mudança para a América do Norte em 2018 e começaram a subir lentamente no ranking. Eles encontraram seu lugar entre as 30 melhores equipes do mundo em menos de um ano depois.

O elenco brasileiro se firmou no topo desde então e está sempre presente em grandes torneios, no entanto, eles ainda permanecem à margem da disputa pelo título, nunca chegando chegaram a ser campeões mundiais.

Do anonimato ao Sucesso

Apesar de agora ser um nome familiar consistente entre as principais equipes, a história da FURIA nos Majors não é profunda. A organização foi fundada em 2017 e participou de apenas quatro Majors desde sua criação. Graças em parte à era online imposta pelo coronavírus e à escalada relativamente recente da equipe para o Tier 1. A organização brasileira ainda tem muito a provar no maior palco do mundo, e segue para o Major em seu país de origem esperando melhores resultados do que no passado.

O trio de Kaike “⁠KSCERATO⁠” Cerato , Yuri “⁠yuurih⁠” Santos e Andrei “⁠arT⁠” Piovezan esteve presente em todas as grandes campanhas da FURIA , durante o período em que a equipe melhorou constantemente seus resultados. Quando eles se mudaram para a América do Norte em 2018 com o objetivo de treinar contra melhores adversários, a FURIA fracassou, perdendo a participação no FACEIT London Major depois de sair cedo do Americas Minor. Não demorou muito para a equipe voltar aos trilhos, e eles começaram lentamente a provar que eram competidores dignos contra algumas das melhores equipes do mundo, culminando com uma tentativa bem-sucedida de se qualificarem para o IEM Katowice Major no início de 2019.

As saídas antecipadas em Katowice e no Major seguinte, StarLadder Berlin 2019, foram manchas em um currículo crescente para a equipe brasileira, que subiu no ranking por meio de fortes colocações em outros eventos naquele mesmo ano. O núcleo deixou a desejar e, naturalmente, mudanças seguiram-se logo após a sua saída em Berlim, quando Henrique “⁠HEN1⁠” Teles foi contratado na esperança de inspirar partidas mais consistentes.

A equipe não teve muito tempo para provar suas proezas na LAN com sua nova lista, pois o jogo foi online em 2020, um ano em que a FURIA exibiu domínio na América do Norte, mas não conseguiu mostrar sua habilidade nos Majors. Quando o PGL Major Estocolmo finalmente chegou, HEN1 deixou a equipe. O FURIA permaneceu como forte candidato aos playoffs, mas faltava um pouco do talento e de identidade, que eram as seus maiores virtudes nos dias passados.

Ainda assim, a equipe apresentou melhor forma do que em seus MAJORS anteriores, iniciando sua corrida no Legends Stage e se classificando para os playoffs com um recorde de 3-1. Uma eliminação nas mãos de Gambit se seguiu nas quartas de final, e foi uma história semelhante no PGL Major Antuérpia, com FURIA novamente conseguindo chegar aos playoffs do Legends Stage apenas para vacilar na primeira rodada da fase de chaves.

Esperança para escrever uma nova história

O FURIA pode ter começado seu primeiro Major como o eterno azarão, mas sua identidade é tudo menos do que isso nos dias atuais. Eles agora se destacam como uma equipe que não deve ser subestimada e que pode desafiar consistentemente as principais equipes do mundo, mas seu nível ainda não está no dos candidatos ao título, já que muitas vezes chegam aos playoffs apenas para saírem antes da grande final.

Ficar aquém dos playoffs também não é uma história nova para a FURIA , mas é uma que permanece consistente em toda a história de torneios offline. Enquanto as temporadas online de 2020 e 2021 foram gentis com eles, permitindo vitórias sobre em competições nacionais, os verdadeiros troféus permaneceram inalcançáveis para a tropa do art . Sua última vitória na LAN remonta ao Arctic Invitational em 2019, um evento de quatro equipes em que a FURIA era a favorita, mas, fora isso, a equipe registrou apenas duas outras pequenas vitórias em torneios internacionais e nenhuma contra a oposição tier 1.

Embora sua consistência entre os oito primeiros em torneios tenha permanecido, a FURIA não parece mais próxima da disputa de troféus no Rio, contando com a atuação inconsistente de KSCERATO e yuurih em muitas de suas partidas. Trazer Rafael “⁠saffee⁠” Costa serviu para ajudar o elenco a retornar ao seu nível anterior antes da era online, mas eles não o superaram, incapazes de encontrar uma fórmula vencedora consistente no meta atual.

Fúria deixou de ser a tropa do Art

A identidade do FURIA sempre foi marcada pela agressividade superior do arT , com jogadas baseadas em informações e estilo disruptivo foram o que fez o time brasileiro se destacar do resto durante sua ascensão. Foi um que pegou as equipes desprevenidas de forma consistente, e muitas vezes era o que definia a equipe, em vez do trabalho estelar de fuzileiros como KSCERATO e yuurih . Mais recentemente, porém, o impacto do arT caiu, ofuscado por jogadores como Mareks “⁠YEKINDAR⁠” Gaļinskis , que aprimoraram e adaptaram esse estilo a um nível ainda maior, enquanto o arT lutava para manter sua forma.

Apesar de ser menos decisivo, o atirador agressivo ainda é uma perspectiva empolgante para testemunhar as melhores equipes do mundo, um jogador que é a eterno surpresa nas partidas e pode criar espetáculos como poucos. Hoje em dia, a maneira como as equipes abordam o Counter-Strike ofuscou o impacto individual que o arT pode ter, e sua habilidade não se compara a do já mencionado YEKINDAR , o que deixou FURIA longe dos principais títulos.

A conversa mudou para KSCERATO e yuurih , que estavam sempre presentes com seu impacto consistente em partidas oficiais para a equipe e se tornaram mais ou menos sua única condição de vitória com o impacto marcadamente menor do arT contra as principais equipes do mundo.

A FURIA como um todo permaneceu uma presença forte em competições nos últimos meses. Eles correram para os playoffs da 16ª temporada da ESL Pro League antes de serem derrotados pelos Outsiders e avançaram pelo RMR das Américas com um recorde de 3-1, mas a equipe brasileira precisará exibir uma forma muito melhor se quiser impressionar no IEM RIO, em seu país de origem.

Chegou a hora de deixarem sua marca!

À medida que a FURIA volta sua atenção para o Rio, a pressão será para atuar em todos os níveis. O nível dos playoffs não será suficiente para saciar a fome dos torcedores em casa, e os jogadores não podem e não devem se satisfazer com mais do mesmo. Para uma equipe que representa a esperança Brasileira, o FURIA precisa mostrar que pode subir de nível com a torcida da casa atrás deles, talvez até outras mudanças estão no horizonte.

Enquanto a Imperial pode se sentir confortável dançando ao ritmo do samba brasileiro, o FURIA não está em tal posição. Os jogadores estão com fome de sucesso, e a tensão deve estar crescendo internamente neste momento. A equipe optou por utilizar seu co-proprietário e jogador de pôquer profissional, André Akkari, na esperança de que ele alivie um pouco da pressão sentida pela equipe, mas até agora, eles não mostraram capacidade de superar os melhores times do mundo, isso é algo que vai mudar no Rio?

fonte: hltv